Comunicado
- Federação Pela Vida
- há 2 dias
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"...e aos costumes disseram NADA"
"Tal como é prática nas democracias maduras, a Federação pela Vida, enviou a nove
candidatos nas próximas eleições presidenciais, um questionário com onze perguntas
(de resposta sim/não) sobre as matérias do aborto e da eutanásia, da maternidade em
risco, barrigas de aluguer, de educação e da liberdade de consciência. Questões
estruturantes que nos últimos 30 anos têm galvanizado o debate político na sociedade
portuguesa e internacional. E que continuam na ordem do dia.
Além da solicitação de resposta (que poderia não compreender a totalidade das
perguntas) foi possibilitado que os candidatos juntassem textos explicativos das suas
opções. Durante quatro semanas procurámos em contactos institucionais e pessoais,
obter uma resposta daquelas candidaturas.
Tomámos esta iniciativa porque entendemos que é essencial ao eleitor saber o que pensa
o futuro Presidente da República e como se pode esperar que exerça o seu mandato, em
especial, naqueles momentos em que tiver de decidir sobre a promulgação de um
diploma sobre estes temas.
Só Henrique Gouveia e Melo respondeu a esta solicitação. Com palavras de apreço pela
iniciativa e pelo trabalho da federação e das suas associadas, explica na sua carta (que se
pode encontrar no nosso site) porque optou por não dar uma resposta concreta aos
temas propostos. Louva-se o respeito democrático demonstrado.
Sem resposta ficaram pois o milhão e meio de eleitores que votaram Não no referendo de
2007 (tinham sido 1, 3 milhões em 1998), os 93 mil subscritores da iniciativa popular de
referendo sobre a eutanásia, os movimentos cívicos que se tem batido pela liberdade de
educação, as mães que se debatem com dificuldades para levar por diante a sua
gravidez, os profissionais de saúde cuja liberdade de consciência se encontra ameaçada.
Mas também todos os que pensando diferentemente da federação sobre estes assuntos
se arriscam a legitimar com o seu voto, candidatos que depois agirão contra as suas
convicções.
Divulgando o resultado deste questionário não esgotamos o nosso desejo de obter essas
respostas e apelamos à Comunicação Social para que prossiga na sua missão de
informar todos os portugueses. A bem de umas eleições em que cada candidato diga aos
eleitores ao que vem e estes possam decidir com pleno conhecimento de causa."
A Direcção da Federação Portuguesa pela Vida
Lisboa, 12 de Dezembro de 2025

Perguntas feitas pela Federação Pela Vida:
1. Concorda com a Lei do aborto de 1984, que o despenaliza, com diferentes
prazos, nos casos de:
violação □ Sim □ Não
malformação do feto □ Sim □ Não
perigo para a vida física ou psíquica da mãe? □ Sim □ Não
2. Concorda com a Lei do aborto de 2007, que o despenaliza quando a pedido da
mãe até às 10 semanas?
□ Sim □ Não
3. Entende que a atual legislação do aborto deve ser alterada para ampliar a sua
prática?
□ Sim □ Não
4. Entende que o “Direito ao Aborto” deve ser reconhecido como Direito
Fundamental?
□ Sim □ Não
5. Entende que devem ser tomadas mais medidas para apoiar a maternidade em
risco, de forma a viabilizar o nascimento de crianças e a garantir que as mães se
sintam capazes de acolher cada filho?
□ Sim □ Não
6. Entende que a sociedade portuguesa precisa de ver legalizada a eutanásia?
□ Sim □ Não
7. Entende que a maternidade de substituição (vulgarmente designada como
‘barriga de aluguer’) deve ser permitida em Portugal?
□ Sim □ Não
8. Entende que as famílias devem poder escolher a escola dos seus filhos, seja
pública, social ou privada, suportando o Estado um custo padrão em qualquer das
opções?
□ Sim □ Não
9. Entende que a Educação Sexual na Escola deve estar sujeita ao escrutínio dos
pais?
□ Sim □ Não
10. Entende que a objecção de consciência é um direito fundamental, que deve ser
legalmente protegido?
□ Sim □ Não
11. Entende que a permissão do aborto, ‘barrigas de aluguer’ ou da eutanásia se
sobrepõem ao direito dos profissionais de saúde à objecção de consciência?
□ Sim □ Não

